O Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser prevenido com uma alimentação equilibrada. Reduzir o consumo de sal, gorduras e açúcares, e aumentar a ingestão de fruta, legumes, cereais integrais, peixe e azeite ajuda a proteger o coração e o cérebro. Após um AVC, a dieta deve ser adaptada às necessidades específicas de cada pessoa.
Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a Alimentação
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como derrame cerebral, é uma das principais causas de morte e incapacidade em Portugal. Felizmente, a alimentação pode ter um papel essencial tanto na prevenção do AVC bem como na recuperação após o evento.
Alimentos que ajudam a prevenir o AVC
Uma alimentação saudável pode proteger o coração e o cérebro. Alguns dos alimentos que ajudam a reduzir o risco são, por exemplo:
- Frutas e legumes frescos: ricos em antioxidantes, fibras, potássio e ácido fólico. Ajudam, por isso, a diminuir a tensão arterial e a melhorar a função dos vasos sanguíneos.
- Cereais integrais: como aveia, arroz integral, centeio e pão escuro, contribuem para controlar o colesterol e ainda o açúcar no sangue.
- Leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilhas, ervilhas são excelentes fontes de proteína vegetal e, além disso, fornecem fibra.
- Peixes gordos (2x/semana): como sardinha, cavala, salmão e atum. Ricos em ómega-3, com efeito protetor para o coração e cérebro.
- Frutos secos e sementes (sem sal): contêm gorduras saudáveis, magnésio e vitamina E.
- Azeite virgem extra: substitui a manteiga e, por outro lado, evita o consumo de outras gorduras menos saudáveis.
Alimentos a evitar
No entanto, há alimentos que podem aumentar o risco de AVC, principalmente em excesso, como por exemplo:
- Sal – o seu consumo elevado aumenta a tensão arterial.
- Carnes processadas – como enchidos, fiambre ou salsichas.
- Gorduras saturadas – presentes em fritos, fast food e bolos industrializados.
- Açúcares – adicionados em refrigerantes, bolos e doces.
- Bebidas alcoólicas – o consumo excessivo pode afetar o coração e a circulação do sangue.
Após um AVC: o que muda na alimentação?
Do mesmo modo, durante a recuperação, a alimentação deve ser adaptada às necessidades de cada pessoa. E, alguns casos, podem ser necessário ajustar a textura dos alimentos (por exemplo, em caso de disfagia). Além disso, é importante manter um controlo rigoroso da tensão arterial, do colesterol e do açúcar no sangue
Nesse sentido, alguns nutrientes com efeito protetor que ajudam na recuperação incluem:
- Ácido fólico, vitaminas B6 e B12 – reduzem a homocisteína, um composto associado a um maior risco de AVC.
- Vitaminas D e E – com ação antioxidante e anti-inflamatória.
- Polifenóis – presentes no azeite, frutos vermelhos e chá verde, ajudam a proteger os vasos sanguíneos.
Conclusão
Em resumo, a alimentação é um dos pilares na prevenção e na recuperação do AVC. Reduzir sal, gorduras e açúcares, e aumentar o consumo de fruta, legumes, cereais integrais, peixe e azeite pode fazer toda a diferença.
O acompanhamento por um(a) nutricionista é essencial para adaptar a alimentação às necessidades específicas de cada pessoa e garantir mais saúde ao cérebro e ao coração.
